Não restam dúvidas de que a captura, armazenamento, e utilização de carbono (CCUS) é uma parte importante do conjunto de tecnologias necessárias para alcançar emissões líquidas zero. No Cenário de Emissões Líquidas Zero até 2050 ( NZE - Net Zero Emissions) da AIE – Agência Internacional de Energia, que estabelece um caminho para o setor de energia, alinhado com a meta de limitação do aquecimento global a 1,5 °C, cerca de mil milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano serão capturados e armazenados até 2030.

Há progresso em direção a esse objetivo, e a última atualização da base de dados dos projetos de CCUS da IEA, revela que em 2023 se verificou um crescimento contínuo em anúncios de novos projetos, decisões finais de investimento e encomendas de unidades industriais. No entanto, à medida que nos aproximamos do marco de 2030, verificamos que atingir o nível de capacidade de captura e armazenamento previsto no cenário NZE ,também exigirá que os prazos de execução dos projetos sejam drasticamente reduzidos. Novos modelos de negócio centrados na criação de centros de CCUS poderiam ajudar, e os recentes desenvolvimentos políticos reavivaram o interesse no CCUS de forma mais generalizada. Mas será isso suficiente para que os projetos anunciados se concretizem integralmente e no prazo?

Um recente artigo da AIE faz uma análise desta situação, e indica as principais medidas que devem ser tomadas por governos, reguladores e indústria, de forma a acelerar o progresso com a urgência necessária para cumprir os compromissos de CCUS.