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Os Postos de Abastecimento do Futuro

Quando, há já um bom par de anos, ingressei nesta extraordinária Indústria que tem permitido o bem-estar e a mobilidade das pessoas, sempre ouvi que o mais importante fator de retalho para a implantação de um posto de abastecimento de combustível, era a localização. De facto, assim é há mais de 100 anos. Naturalmente que, tendo em consideração o tráfego mais intenso que aí se verificava, os centros urbanos e as principais vias, sempre foram zonas de eleição, e alguns de nós ainda têm na memória a imagem de postos de abastecimento localizados em rotundas ou avenidas movimentadas. Ao tempo, para além da gasolina Normal, da Super e do Gasóleo, que se destinava quase exclusivamente aos veículos pesados e às máquinas agrícolas, a oferta incluía também a “mistura” de gasolina e óleo, feita em bombas manuais, que alimentava os inúmeros motores a 2 tempos que equipavam os motociclos. O abastecimento era feito por um zeloso funcionário de uniforme com a insígnia do respetivo operador, que verificava igualmente a pressão dos pneus, os níveis de óleo do motor e da água do irradiador, e limpava o pára brisas, tudo isto sem o condutor sair da viatura. A fidelização dos clientes era conseguida basicamente, através da empatia gerada e da qualidade do serviço prestado.

Daí para cá, e acompanhando a evolução social, tecnológica e ambiental, os postos de abastecimento mudaram radicalmente. Dos centros urbanos deslocaram-se para as zonas residenciais de elevada densidade populacional que começaram a surgir na periferia das cidades e vilas, e para a nova rede viária que as passou a unir. As pequenas “bombas de passeio”, transformaram-se em “Estações de Serviço” com áreas mais generosas, integrando outras valências, necessárias e convenientes aos hábitos e estilos de vida cada vez mais acelerados dos seus utilizadores - diversos pontos de auto abastecimento (self service), com bombas multi produtos, aos quais foram entretanto retirados elementos nocivos para o ambiente e a saúde, como o chumbo e o enxofre, e adicionados outros que lhes foram conferindo um maior desempenho termodinâmico- como por exemplo os aditivos melhoradores dos índices de cetano e octano, e ambiental, como é o caso atual dos biocombustíveis. Começaram a fazer parte da oferta, a lavagem das viaturas, manuais e mecânicas, os Minimercados, inicialmente pequenos espaços onde se encontravam basicamente acessórios auto e lubrificantes e que evoluíram para apelativas e modernas lojas de conveniência onde, numa única e rápida paragem, se pode levantar dinheiro numa ATM, comprar bens alimentares, jornais ou até flores para oferecer à aniversariante com quem vamos jantar. Numa área de serviço de uma autoestrada, o consumidor poderá até, nalguns casos, tomar um duche, deixar a meninada libertar a tensão acumulada na viagem, brincando no parque infantil, ou pernoitar no Hotel que lhe está adjacente.

Tendo em consideração todas as mudanças que têm ocorrido, seria muito presunçoso da minha parte definir com precisão como vai ser o posto de abastecimento do futuro mas, pelo que tem acontecido ao longo destes últimos 100 anos, decerto não me enganarei muito se afirmar que continuará a fornecer a energia sustentável necessária à mobilidade terrestre, quer através de combustíveis líquidos, gasosos e eletricidade, tal como atualmente acontece, quer através de hidrogénio ou de outras soluções tecnológicas que venham entretanto a surgir.

Arrisco a dizer que o Posto de Abastecimento do Futuro será uma “plataforma” de fornecimento de um cabaz diversificado de soluções energéticas para a mobilidade sustentável, bem como de serviços e produtos que facilitem a vida dos cidadãos e satisfaçam as suas necessidades.

Ah, já me esquecia, estarão bem localizados.

João Reis, Assessor de Comunicação da Apetro

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