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A entrega de garrafas ao domicílio / O esforço da rede de revenda

Nestes momentos de crise pandémica que atravessamos, volta a ser notícia, por causa da fixação de preços decretada pelo Governo, a atividade do GPL embalado (em garrafa). Mas todo o foco deste retrato fica apenas no preço, referido de forma muito ligeira e sempre pouco esclarecedora, com a qual se promove uma certa animosidade contra este segmento de negócio.

É, pois, urgente e indispensável desenvolver este tema e dar a conhecer o que realmente representa esta atividade, de forma a que o consumidor possa avaliá-la com a devida justiça.

Recordemos que os diferentes operadores que estão presentes no negócio do GPL embalado, tal como é desenvolvido em Portugal, possuem modelos de negócio apoiados em redes de revenda, que no seu conjunto representam mais de 50.000 pontos de venda e que são a interface com o Consumidor final. Esta rede constitui um nível de intermediação necessário para assegurar uma cobertura adequada do território e dessa forma garantir os serviços de proximidade que dão satisfação às necessidades do Consumidor.

Com esta crise pandémica, ficou demonstrado, ainda de forma mais vincada, a natureza de serviço público que esta representa, sendo um dos serviços essenciais que não podia confinar ou fechar - ora assegurar toda a logística que esta cadeia de valor exige, representa um esforço notável da indústria de GPL que é preciso reconhecer. Nesta, os revendedores ganharam uma visibilidade e importância acrescidas - basta referir que as entregas ao domicílio, um dos elementos da oferta de serviços que é disponibilizado, que antes representava 30%-35%, quase duplicou (valores estimados). Realizar este serviço não é fácil e nas atuais circunstâncias ainda menos, exigindo esforço físico (carga e descarga das garrafas, da carrinha para e da casa do consumidor) e responsabilidade dos seus trabalhadores (maior tempo em trajectos, nas estradas), que não podem confinar e têm de se deslocar a casa dos consumidores, aumentando a sua exposição e risco, à COVID 19.

Mas esse trabalho tem ainda outras dimensões importantes, como a recolha de garrafas vazias, para manter a capacidade de resposta do sistema.

É, pois, injusto não dar o devido destaque a todas as medidas adotadas perante esta crise sanitária, por todos os intervenientes desta cadeia de valor e que desta forma garantem a sua continuidade, evitando ruturas que poderiam ter conduzido a situações de acrescida dificuldade, incluindo-se assim nesse grupo de "invisíveis" que asseguram que as necessidades básicas da população não são descuradas. Mesmo em áreas em cerco sanitário, o abastecimento nunca foi comprometido.

Como se sabe, estas medidas que introduzem as regras de segurança sanitária, exigem um esforço acrescido, de sensibilização e de recursos, seja na formação, seja na aquisição e distribuição de materiais e equipamentos de higienização e proteção específicos, para que a confiança e a segurança de todos fique assegurada - como exemplo, refiram-se os procedimentos de limpeza e desinfeção das garrafas em cada transação a distribuição e utilização de luvas e máscaras (e ainda viseiras) para todos os que manuseiam as embalagens (garrafas).

Por último, não podemos deixar de recordar que sendo um produto embalado, este chega onde não chegam as tradicionais infraestruturas de transporte de energia associadas a sistemas de produção centralizada, ao mesmo tempo que aumenta a oferta de soluções para os Consumidores, pois também dá resposta às principais necessidades energéticas, seja da habitação (fogão, águas quentes sanitárias e aquecimento ambiente), seja ainda de pequenas e de médias unidades industriais, sem que a sua localização no território, por mais dispersa ou isolada que esteja, seja motivo impeditivo.

Em muitos casos, constitui mesmo a única possibilidade que o Consumidor encontra de satisfazer as suas necessidades de acesso a uma fonte de energia (locais remotos, locais isolados, etc.) a um custo acessível.

José Alberto Oliveira, Diretor Técnico, Apetro

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